O objetivo do disjuntor é desarmar um determinado circuito em função de sobrecarga ou curto-circuito. No entanto, você já refletiu sobre os problemas que surgem quando ele desarma no momento errado? É justamente aí que entra a importância da seletividade de disjuntor para evitar desligamentos indevidos e proteger corretamente cada parte da instalação.
Se você quer saber mais sobre a Seletividade de Disjuntor para Proteção, continue lendo.
Nele você vai aprender sobre:
- Quais são as características que podem interferir na seletividade de disjuntor?
- E em uma instalação mais robusta?
- A seletividade de disjuntor deve ser aplicada em qualquer instalação?
- Mas como é possível, sendo que o disjuntor do circuito é de 100A e o disjuntor principal é de 250A?
- Como entender se minha instalação está ou não correta?
Hoje nós vamos falar de Seletividade,para que você comece a entender e dominar este assunto.
Entenda que a seletividade pode ser estruturada de maneira a determinar a aplicação de um disjuntor, a fim de garantir a hierarquia de funcionamento.
E levando em consideração duas zonas de seletividade: a de sobrecarga e a de curto circuito.
Ou seja, cada disjuntor de uma instalação deverá estar apto a interromper o circuito mediante a estas duas zonas.
No entanto, dependendo do local da instalação onde ele se encontra, o seu acionamento vai obedecer algumas especificidades.
O mais comum é a seletividade na zona de curto circuito.
Características que Interferem na Seletividade de Disjuntor
Em primeiro lugar, temos a seletividade por discriminação de corrente. Além disso, é importante considerar o tempo de atraso na atuação da proteção. Também existe a ZSI, que é a seletividade por intertravamento de zona. Por fim, destacam-se a seletividade dinâmica — relacionada às características do disjuntor no modo limitador — e a seletividade lógica.
Imagine o seguinte, em um sistema de proteção existe uma espécie de hierarquia onde cada disjuntor deve ser responsável por um tipo de proteção…
Esta hierarquia é a classificação que damos aos disjuntores:
Seletivos ou Limitadores, onde, de maneira geral, podemos dizer que o disjuntor que protege vários circuitos, são chamados de Disjuntores Seletivo e o disjuntor que está abaixo do seletivo é chamado de Disjuntor Limitador.
Seletividade de Disjuntor em Instalações Robusta: O Que Muda?
Você vai encontrar por exemplo um disjuntor do tipo caixa aberta.
Você perceberá que ele tem o seguinte comportamento, a curva de atuação deste disjuntor tende a possuir um tempo de atuação maior, ou seja o tempo de disparo em um curto circuito será maior do que os demais disjuntores abaixo dele.
Agora, imagine que os circuitos protegidos pelo disjuntor seletivo, necessitam proteger as cargas que eles alimentam e em caso de um curto circuito, devem atuar mais rápido que o limitador.
Então, sabendo disso e considerando que o disjuntor caixa moldada 3VA está realizando este trabalho, podemos considerar que ele é um disjuntor limitador, que faz a proteção, atua mais rápido que o seletivo.
Talvez a pergunta que você esteja se fazendo agora seja:
Seletividade de Disjuntor: É Necessária em Toda Instalação?
A resposta é que existem situações que é imprescindível ter esta estrutura, situações onde o processo é crítico como um hospital ou mesmo um aeroporto.
Mas qual a importância de termos esta estrutura de seletividade?
Se a seletividade estiver incorreta, o disjuntor principal pode desarmar antes do disjuntor do circuito em caso de curto, interrompendo toda a alimentação da instalação e gerando prejuízos, especialmente em plantas industriais.
Talvez você pense o seguinte:
Como Funciona com Disjuntores de 100A e 250A?
O fato é que uma corrente de curto circuito é na verdade um valor abrupto (de alto valor de corrente em um instante de tempo) que pode ultrapassar os milhares de amperes.
Logo, este valor será maior do que os 100A ou os 250A e o que será mandatório para desarmar ou não o disjuntor, é o tempo que o fabricante determina em função do modelo e aplicação do disjuntor.
Só para você entender, o disjuntor 3WL, suporta níveis de corrente de curto circuito mais elevadas e possibilita atrasar a corrente de curto circuito fazendo com que o desarme, ocorra somente em casos extremos de exposição ao curto circuito em tempo elevado.
Claro que o risco que podemos ter, é o disjuntor limitador ser exposto a uma corrente muito alta de curto circuito e acabar danificando.
No entanto isso somente vai ocorrer em caso de falha do disjuntor ou de falha no dimensionamento por parte do projetista.
Leia também: https://www.saladaeletrica.com.br/disjuntores/
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