Neste segundo episódio do nosso podcast, damos continuidade ao primeiro conteúdo sobre Corrente Elétrica, Tensão e Resistência. Agora, vamos explorar como a Potência Elétrica está presente no dia a dia e entender sua importância nos circuitos elétricos.
Portanto, se você quer aprender de forma simples e objetiva sobre potência elétrica em corrente alternada (CA) e corrente contínua (CC), basta dar o play no nosso podcast de apenas 6 minutos, que foi gravado durante o trajeto para uma aula no SENAI!
A potência elétrica, portanto, representa a quantidade de energia elétrica que um equipamento ou componente é capaz de converter em trabalho útil durante um determinado intervalo de tempo. Além disso, esse “trabalho” pode assumir diferentes formas, como calor, movimento ou luz, dependendo da aplicação:
Calor, como ocorre em chuveiros elétricos e aquecedores;
Movimento, como nos motores elétricos que acionam máquinas e ferramentas;
Luz, como nas lâmpadas e refletores.
Em outras palavras, quanto maior a potência elétrica de um dispositivo, mais energia ele consegue transformar em um período específico, influenciando diretamente seu desempenho e consumo de energia.
Em circuitos de corrente contínua (CC), a energia elétrica flui sempre no mesmo sentido, o que garante que tensão e corrente permaneçam constantes. Assim, nesse tipo de circuito, a potência elétrica é resultado direto da interação entre a tensão aplicada e a corrente que percorre o condutor. Essa combinação faz com que a energia elétrica seja convertida imediatamente em trabalho útil, como movimento em um motor, emissão de luz em uma lâmpada ou geração de calor em um resistor, sem a influência de defasagens ou variações de frequência que ocorrem na corrente alternada.
No Sistema Internacional (SI), a unidade de medida da potência elétrica é o watt (W). Ou seja, um watt representa a quantidade de energia elétrica que se transforma em trabalho — como calor, luz ou movimento — durante o intervalo de um segundo. Para que isso ocorra, a carga deve receber 1 ampere (A) de corrente elétrica sob uma tensão de 1 volt (V). Dessa forma, você pode relacionar diretamente as grandezas envolvidas e compreender como os circuitos geram ou consomem potência.
Em termos práticos, isso significa que, por exemplo, se você tiver um equipamento ligado em 1 V e consumindo 1 A, então ele estará utilizando 1 W de potência.
Quilowatt (kW): equivale a 1.000 watts — usado para potências maiores, como motores e aquecedores.
Megawatt (MW): equivale a 1.000.000 watts — comum em usinas e grandes sistemas de geração.
Miliwatt (mW): equivale a 0,001 watt — usado para aparelhos de baixo consumo, como sensores e eletrônicos portáteis.
A fórmula básica para calcular a potência elétrica em corrente contínua é:
P = V × I
Onde:
P: potência elétrica, em watts (W).
V: tensão elétrica, em volts (V).
I: corrente elétrica, em ampères (A).
📌 Exemplo prático: Um equipamento que funciona com 12 V e consome 2 A terá:
P = 12 × 2 = 24 W de potência.
Nos circuitos de corrente alternada (CA), principalmente quando a carga é indutiva (como motores e transformadores) ou capacitiva (como bancos de capacitores), ocorre, portanto, uma defasagem entre a corrente e a tensão. Essa defasagem ocorre porque os picos de corrente e de tensão não acontecem exatamente ao mesmo tempo, afetando a forma como o sistema utiliza a energia.
Assim, como consequência, a potência elétrica nesses circuitos acaba sendo dividida em três componentes principais:
Potência Aparente (S)
Representa o valor total de potência “movimentada” no circuito, combinando a parte útil e a parte não útil.
É calculada multiplicando-se a tensão pela corrente sem considerar o fator de potência (o ângulo de defasagem).
Unidade: Volt-Ampere (VA).
Pode ser comparada ao copo cheio de bebida, que inclui tanto o líquido útil quanto a espuma.
É a potência que realmente realiza trabalho útil, como movimentar um motor, além de acender lâmpadas ou até mesmo aquecer resistências.
Considera o fator de potência, ou seja, a eficiência com que a energia é convertida em trabalho.
Fórmula: P = V × I × cos(φ)
Unidade: Watt (W).
É o equivalente ao “líquido” do copo – a parte aproveitável.
Além disso, ela é necessária para criar e manter os campos magnéticos e elétricos em equipamentos indutivos ou capacitivos.
Apesar de não produzir trabalho útil diretamente, é essencial para o funcionamento desses dispositivos.
Unidade: Volt-Ampere Reativo (VAr).
Podemos compará-la à espuma no copo: ela não realiza trabalho, mas compõe o consumo total.
Potência Ativa: como o “chopp” – a parte útil.
Potência Reativa: como a espuma – desperdício.
Potência Aparente: como o copo cheio – consumo total.
Compreender a potência elétrica é fundamental para projetar e dimensionar corretamente todos os elementos de uma instalação. Assim, esse conhecimento permite escolher cabos com a bitola adequada para suportar a carga, além de definir disjuntores compatíveis que evitem sobrecargas e, consequentemente, selecionar equipamentos que funcionem dentro de sua capacidade nominal. Como resultado, a instalação elétrica opera de forma eficiente, reduzindo perdas de energia, evitando aquecimento excessivo, aumentando a vida útil dos componentes e garantindo segurança tanto para as pessoas quanto para o patrimônio.
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Comentários
luis carlos gaspar de oliveira
Parabéns ,excelente, que DEUS te abençoe sempre .
Abraço!!!!!!!!!!
Everton Moraes
Muito obrigado luis. Seja sempre bem vindo a Sala da elétrica
Geraldo Rodrigues
Minhas duvidas, para um motor 220v trifasico de 15cv 1750rpm, de quanta potencia vou precisar em um gerador pra funcionar tranquilo esse motor
Everton Moraes
Considere que a potência elétrica pode ser considerada da seguinte maneira: 1cv = 736W então teremos algo em torno de 11040W, no entanto trata-se da potência ativa, para descobrir efetivamente a potência deverá conhecer o fator de potência para encontrar a potência aparente deste motor
Vitor Brinkhus
Para definir corretamente este gerador tens que considerar, além do mencionado pelo Everton, o rendimento e principalmente a corrente de partida do motor. O gerador deverá suportar com folga esta corrente, caso contrário não partirá o motor além de danificar o gerador.
Jean Carlos
Ótimo post prof. Everton. Conciso, claro e objetivo.
Obrigado por compartilhar conhecimento. Parabéns.
Everton Moraes
Eu que agradeço sua presença aqui no blog Jean! um abraço
marcos jose
Parabéns ,pelas aulas belo trabalho que você esta realizando com este blog,e quando teremos uma matéria sobre sensores capacitivos indutivos ultra sônicos etc.e suas ligações .
Ate a próxima .
Everton Moraes
Muito Obrigado Marcos! em breve coloco algo sobre sensores aqui no blog!
jose martins
muito obrigado por mais essa aula eu acompanho a sala da elétrica algum tempo e me ajudou muito no meu curso de eletricidade industrial e me ajuda ate hj um abraço
Everton Moraes
Eu que agradeço Jose Martins
ezequiel
muito bom esses arquivos que recebo da sala da eletrica, tenho muitos documentos quardados que recebi, na hora que preciso, vou e consulto, e tiro a duvida que estava , muito obrigado
a sala da eletrica
Everton Moraes
Olá Ezequiel, é muito bom saber que estamos ajudando de alguma maneira! um abraço
Júnior Joi
Muito bom! parabéns…
Everton Moraes
Obrigado Junior
Luciano
Cara muito boa explicação,…seus materiais são extremamente didáticos…eu já fiz dois cursos técnicos e nunca tinha visto uma explicação tão boa quanto essa…o exemplo do chopp é sensacional….
Muito obrigado pela força que vem nos dando…
Até a próxima…
Everton Moraes
Obrigado pela visita Luciano! seja sempre bem vindo a Sala da Elétrica
romualdo
parabéns pela disposição em ajudar graciosamente a todos! grande abraço!
Everton Moraes
Eu que agradeço! Até a próxima
Paulo Sérgio
Meus Parabéns, sempre nos passando informações preciosas. Obrigado.
Everton Moraes
Muito Obrigado Paulo
ronaldo
muito legal ,gostei , obrigado pela informações passada
Everton Moraes
Obrigado Ronaldo
Sérgio Luiz Peixoto
Excelente publicação e continue assim que ira nos ajudar em muito.
obrigado por dividir seus conhecimentos com todos aqui. Abraços.
Everton Moraes
Muito Obrigado Sérgio
wellington
muito bom!!!
Everton Moraes
Obrigado Wellington
Marconi Marques da Silva
Muito bom este artigo, Everton. Sou novato aqui, mas já pude ver que é muito gratificante frequentar esta Sala. Estarei sempre presente todos os dias para ver o que tem de novo.
Parabéns.
Everton Moraes
Muito Obrigado pela consideração Marconi. Um forte Abraço
luiz carlos gandolfo
Parabéns professor Everton Moraes… formas simples porem eficientes de demonstrar todo seu conhecimento. Grande abraço … fique com deus.
Everton Moraes
Muito Obrigado Luiz, seja sempre muito bem vindo a Sala da Elétrica e esteja sempre a vontade para perguntar e dar suas sugestões
Geraldo Angelo Menezes
muito bom o comparativo, vai chamar a atenção dos alunos de eletrotécnica que trabalham nas empresas fabricantes de cerveja aqui no estado.
Everton Moraes
Obrigado Geraldo por visitar nosso blog, esteja sempre a vontade para contatar-nos … Um abraço
jose silverio furtado
Muito boa sua matéria sobre potencia e falando em potencia reativa gostaria seria possível publicar alguma matéria sobre fator de potência como calcular e fazer a correção com banco de capacitores e como dimensionar o banco de capacitores.
Se puder fico muito grato.
Everton Moraes
Olá Jose Silverio, muito obrigado pela visita, vou colocar este assunto como pendência aqui na Sala da Elétrica… Até mais
Gleidson
Só tenho que agradecer pelas matérias , vcs são citados até na empresa que eu trabalho como um ótimo lugar pra aprender e tirar duvidas .
Everton Moraes
Fico muito contente em saber que vocês está gostando de nossos conteúdos! Um forte Abraço…
jorge roberto.
Parabens professor, cada vez mais claro.
Everton Moraes
Muito Obrigado Jorge Roberto, Um Abração
Machado
Você é uma benção de Deus, te desejo muito sucesso e que sempre dê continuidade nesse maravilhoso trabalho que vens desenvolvendo.
Everton Moraes
Muito obrigado Machado, eu agradeço sua visita e esteja sempre a vontade para perguntar.
Um forte Abraço
orlando morais
Parabéns professor q Deus te ilumine tua sabedoria,para q vc continue sempre sebdo este professor e maravilhoso q vc é abço
Everton Moraes
Muito obrigado Orlando, eu que agradeço a sua visita frequente aqui na Sala da elétrica
Um Forte Abraço
Rangel lima
olá tudo bem? olha gostei muito é sempre bom conhecer mais sobre este conteúdo que gosto muito a eletricidade uma obra fantástica da natureza. valeu tudo de bom e até mais…abraço!
Everton Moraes
Olá Rangel Muito obrigado por acompanhar o blog, seja sempre bem vindo
Um forte abraço
Rangel lima
Gostaria de saber… tenho 3 motores de 2cvs e 2 motores de 1 cavalo e meio e gostaria de instalar com contatores. Pergunto qual contator devo usar nos 3 motores de 2vcs e também nos 2 de 1 cavalo e meio. Sabendo que esses motores estão localizados há 30m (ida e volta) de distancia do ponto de união. Que disjuntor devo usar para proteger o circuito e que bitola do condutor devo usar? aguardo e até breve…abraço!
Rummenigue Freitas Souza
Show de bola parceiro..
Tiago da Silva
muito bom mesmo
mas como eu faço para transforma minha potencia de VA para WATTS?
muito abrigado desde já
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I’ve said that least 3260147 times….
marcos aurelio da silva
olá meu amigo everton gostaria de saber qual a difereça entre o disjuntor dr e o interruptor dr DR E IDR ? desde já agradeço e aguardo sua resposta até breve;
.
antss/ marcos aurelio
Luiz Carlos Müller
Show de bola Everton…continue com as aulas que ajudam muito. Muito obrigado.
Francisco Amorim
Obrigado , só tenho a agradecer pois me ajuda no meu serviço , nos bicos , pois faço pequenos projetos com motores trifásicos , abraço.
celso pedro marrajala
oy meux amingos
Marcus Camargo
Fala mais o q? N é circo mais é um espetaculo!
pedro
everon muito obrigado so estou um pouco confuso pois hontem nao consegui assistir a quarta palestra que era o grade dia pois tive que trabalhar neste horario
Tiago H.
Me confunde chamar a Potência Reativa de “Potência desperdiçada”. Afinal, qual motor entregaria Potência Ativa sem existir uma Potência Reativa fazendo a “mágica” dentro do motor. Sendo assim a Potência Reativa ( como a espuma do chopp ) é uma consequência do processo ( inevitável por sinal ). Minha dúvida ( que não É Matemática ) é quanto a lógica de um banco de capacitores, ao consumir uma potência também pode “anular” o consumo das reativas do motor. E com isso solicitar menos potência da concessionária?! Um experimentos mental rápido: Se ligo uma carga puramente indutiva e supomos que ela consome da concessionária 1Kvar. E repetimos o experimento agora com uma carga puramente capacitiva e ela consome também 1KVar. Como pode, fisicamente, eu ligar estas duas cargas em paralelo e zerar a potência reativa? Fazendo isso eu deixaria então de consumir da concessionária? Não sei se fui claro, mas gostaria de entender como pode um banco de capacitor diminuir a demanda por potência no caso de ter como carga principal um motor de indução. E antes que tentem afirmar que é porque uma é adiantada e outra atrasada em 90º, volto a frisar: Meu interesse é prático.
Susane
Muito bom. Parabens
A cada dia tenho me apaixonado mais pela Elétrica.
Carlos Jorge Ribeiro
Caríssimo Prof. EVERTON
A sua potência educadora é a APARENTE, ou seja, a soma das potências: Ativa + Reativa.
Parabéns!!!! Continue assim. A sua diferença de potencial educador (ddpe) é de grande voltagem.
Francisco Santos
Everton, fazem seis meses que terminei meu eletrotécnico. Foram dois anos estudando eletricidade. Graças a Deus. Aprendi muita coisa: o básico do que aprendi tá na veia, no sangue. Algumas coisas merecem uma revisão e aperfeiçoamento de vez em quando. Ou seja: o eletrotécnico tá sempre estudando (revisando e aprendendo). Por isso que sempre estou em seus site buscando essas coisas. De mim, parceiro – você só tem elogios por compartilhar conosco seus conhecimentos. Abraço.
abias
uma residencia que possui uma tensao de 220 e uma corrente de 60A tem um cos de 0.8 esta localizada a uma distancia de 150 metros do quadro de energia e utiliza dois condutores eletricos para entrar em funcionamento os condutores sao de cobre e a sua area de secao tranversal e de 10mm2 questao( A) as potencia aparente (s inicial)ativa (p inicial)e reativa (q inicial) na entrada da residencia
QUESTAO (B) a resistencia gerada nesse dois condutores
questao (c) as quedas de tensao gerada por essa resistencia devido a distancia (V fio1 V fio2)
questao (D) calcular a tensao final que chega ate o equipamento (v final)
questao (C) calcular as potencia aparente (S final) ativa (P final) reativa (Q final ) que chegam ate a residencia
Michel - Manaus/AM
Muito bom o conteúdo apresentado, sempre imperdível.
Parabéns professor!!!
Engª Camila Andrade
Olá Michel, tudo bem?
Muito obrigada! Ficamos muito felizes em saber que você gosta dos nossos conteúdos.
Att, Engª Camila Andrade
Equipe Sala da Elétrica.
JOÃO MARTINS
Um palestrante da ABB foi fazer palestra na minha escola e também utilizou o copo de chopp pra explicação, muito criativo.
Engª Camila Andrade
Olá João tudo bem?
Legal! Muitos profissionais usam esta analogia para facilitar a compreensão.
Fico feliz em saber que gostou do nosso conteúdo.
Att, Engª Camila Andrade
Equipe Sala da Elétrica.
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