Escolher corretamente qual fusível usar é muito importante, pois se dimensionado da maneira errada poderá causar grandes danos. Afinal, o fusível é um dos principais dispositivos de proteção em sistemas elétricos.
Para definir um fusível adequadamente, é fundamental avaliar as condições operacionais do circuito a ser protegido. Dessa forma, é possível garantir que a resposta do dispositivo seja eficaz em situações de sobrecorrente, preservando a segurança da instalação.
Neste artigo, você vai entender algumas particularidades, características e formas de uso do fusível. Assim, será possível fazer uma escolha mais segura e eficiente para cada aplicação elétrica.
São dispositivos de proteção contra sobrecorrente (curto-circuito) e sobrecarga de longa duração. Além disso, costumam ser compostos por um condutor de seção reduzida, conhecido como elo, montado em uma base de material isolante.
A estrutura básica inclui:
Base: Suporte da estrutura.
Porta: Suporte removível onde o componente é encaixado.
Anel de proteção: Protege a rosca da base e evita contato direto com o circuito.
Elemento substituível: Parte que contém o elo.
Indicador: Elemento visual que sinaliza a operação.
Os curtos-circuitos, por exemplo, podem causar incêndios e danificar equipamentos. Por essa razão, esses dispositivos são tão utilizados em sistemas residenciais, comerciais e industriais.
Por exemplo, alguns dispositivos utilizam uma pequena liga metálica com baixo ponto de fusão. Assim, quando a corrente elétrica ultrapassa o limite, essa liga aquece e, consequentemente, se funde, interrompendo o fluxo da corrente.
O fusível funciona como um elo de ligação por onde passa a corrente elétrica. Sempre que há um aumento significativo na corrente, ele aquece e se funde, interrompendo a passagem de eletricidade.
Portanto, é essencial dimensionar corretamente a capacidade dos fusíveis. Se o fusível não atuar como esperado, a fiação ou os equipamentos conectados ao circuito podem sofrer danos irreparáveis. Além disso, em casos extremos, isso pode até causar incêndios.
É o valor de corrente que o fusível pode suportar continuamente sem se fundir. Esse valor é geralmente impresso no corpo do componente.
Corresponde ao valor máximo de corrente que o fusível é capaz de interromper com segurança, evitando a continuidade do curto-circuito.
É o valor específico de corrente que provoca a atuação do fusível dentro de um tempo determinado.
A curva característica, por exemplo, demonstra a relação entre o tempo de atuação e a intensidade da corrente, o que facilita a escolha do fusível adequado para diferentes aplicações.
Conforme o tempo de atuação, os fusíveis podem ser:
Fusíveis retardados, por exemplo, são usados em motores, pois toleram o pico de corrente na partida sem queimar imediatamente.
A classificação dos fusíveis é feita por duas letras:
Profissionais utilizam esses dispositivos, por exemplo, para proteger instalações industriais contra curto-circuito. Além disso, oferecem corrente nominal de 6 a 1250A e capacidade de interrupção de até 120kA em até 690VCA.
Utilizados em instalações elétricas convencionais. Além disso, suportam correntes de 2 a 100A com segurança. Eles apresentam, consequentemente, capacidades de interrupção entre 50 e 100kA, dependendo da corrente nominal.
Esses fusíveis são essenciais para proteger circuitos com componentes sensíveis, como retificadores e inversores de frequência. Além disso, esses dispositivos atuam rapidamente para evitar que a corrente danifique os equipamentos.
Agora que você entende melhor sobre os fusíveis, é hora de aplicar esse conhecimento na prática. Para proteger contra curto-circuito, os fusíveis são altamente eficientes. Contudo, para sobrecargas leves, não são a melhor opção, pois sua atuação depende de uma corrente muito superior ao valor nominal.
Portanto, entender como e quando usar os fusíveis é crucial para garantir segurança e eficiência nas instalações elétricas. Além disso, manter-se atualizado sobre esses componentes ajuda a evitar acidentes e a promover boas práticas na área elétrica.
Além disso, compartilhe este artigo com colegas eletricistas e continue acompanhando a Sala da Elétrica para mais conteúdos técnicos e práticos!
Comentários
Pascoal Mazinco
Obrigada pela informação. Gostei especialmente da categoria dos fusíveis.
Engª Camila Andrade
Olá Pascoal!
Que bom que gostou do nosso conteúdo. Esperamos ter ajudado de alguma forma.
Att, Engª Camila Andrade
Equipe Sala da Elétrica.
Rubens de Freitas
Agradecer a vocês já é rotina. Sempre instigando, sempre estimulando, assim vou acabar aprendendo, Parabéns
Engª Camila Andrade
Olá Rubens, tudo bem?
Nossa que bom ver que você gosta de nossos conteúdos e que te instigamos a prender sempre mais. Esse é nosso objetivo.
Muito obrigada!
Att, Engª Camila Andrade
Equipe Sala da Elétrica.
juarez
Juarez Oliveira
Sou um maker. Estudo situações que preciso resolver, junto a profissionais como você (referência profissional) e executo.
Muito bom o texto explicativo e didático. Parabéns
Engª Camila Andrade
Olá Juarez,
Muito obrigada! Ficamos muito felizes em ver que gosta e que nosso conteúdo está ajudando de alguma forma.
Att, Engª Camila Andrade
Equipe Sala da Elétrica.
Elzo Dagnone Filho
quando de minhas visitas técnicas, as vezes me defrontava com queima de inversor de frequência por descarga elétrica (raios), que tipo de fusível poderia ser usado para evitar tal situação pois os equipamentos tem alto custo?
Engª Camila Andrade
Olá Elzo, tudo bem?
Elzo, neste caso você pode usar o DPS. O DPS é o dispositivo que protege as instalações elétricas e os equipamentos eletro-eletrônicos contra surtos, sobretensões ou transientes diretos ou indiretos.
Att, Engª Camila Andrade
Equipe Sala da Elétrica.
Joel Rocha
Olá Camila Andrade, tudo bem? Parabéns pelo conteúdo do site. Pretendo trabalhar como Eletricista Autônomo, possuo formação de Técnico em Eletrônica, tenho experiência em equipamentos como Quadros elétricos , No-breaks e estabilizadores de tensão no ambiente de fábrica. Mas não me sinto preparado para atuar como autônomo, o que faço para ingressar nesta área?
Engª Camila Andrade
Olá Joel, tudo bem?
Muito obrigada! Ficamos muito felizes em ver que você gostou do nosso conteúdo.
Joel, temos alguns conteúdos referentes a “eletricista autônomo”, dê uma olhada em nossa página.
Segue um dos conteúdos que acredito que você irá gostar: https://www.saladaeletrica.com.br/5-dicas-para-ser-um-eletricista-autonomo-de-sucesso/
Att, Engª Camila Andrade
Equipe Sala da Elétrica.
Ricardo da Silva
Sou um técnico de Edificações desempregado e enquanto procuro a recolocação no mercado procuro me atualizar na área de projetos elétrico.
Suas aulas são de boa compreensão e de boa qualidade.
Engª Camila Andrade
Olá Ricardo, tudo bem?
Que bom que você gostou do nosso conteúdo, esperamos ter ajudado de alguma forma.
Muito obrigada!
Att, Engª Camila Andrade
Equipe Sala da Elétrica
Alan Carlos
Olá Camila,
por que não utilizar um disjuntor no lugar de um fusível? Não seria mais em conta com o mesmo resultado?
Engª Camila Andrade
Olá Alan, tudo bem?
Alan, para algumas aplicações é mais viável utilizar o fusível. Em caso de motores, por exemplo, é mais comum o uso do fusível.
Assim como para alguns dispositivos eletrônicos também é mais comum utilizar fusíveis. Por outro lado, em quadros de distribuição é mais usado o disjuntor.
O uso do disjuntor ou do fusível varia de acordo com a aplicação.
Att, Engª Camila Andrade
Equipe Sala da Elétrica.
Vinicius Rodrigues
Olá, ótimo conteúdo. Uma dúvida, no mercado já encontrei fusíveis de vidro com a inscrição F2AL e F2A, realizando alguns testes práticos pude perceber que há diferentes respostas.
No primeiro ao elevar um pouco a corrente ele abre, já o segundo chegeui a 2,7A e ele não abriu.
Porém com base na classificação acima os dois seriam apenas para proteção de curto-circuito.Você sabe me dizer o porquê deles terem apresentado comportamentos diferentes? Repeti o teste em mais peças e o resultado foi o mesmo.
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